O faraó Akhenaton (1379-1362 A.C.) é responsável pelo cisma religioso mais profundo nos três mil anos da civilização egípcia 

  Há mais de três mil anos, todas as divindades egípcias foram substituídas por um deus único, Aton, o primeiro deus único do Egito  Aton, o disco solar irradiante, símbolo da vida, do amor, da verdade, arruinando o clero todo-poderoso de Tebas

 O reinado deste faraó, por muito tempo erroneamente qualificado como “herético”, situa-se no fim da efervescente XVIII dinastia, por volta de 1358 AC.

Após ter transformado seu nome de Amenófis IV, que significa “Amon está satisfeito”, por Akenaton, “Aquele que agrada a Aton”, introduzindo em sua titulatura a palavra “akh”, dando a idéia de um encaminhamento do ser em direção à luz, ele parte para instalar a nova capital do Médio Egito em Amarna. Escolhe sozinho o local, uma grande planície desértica ao leste do Nilo que forma um imenso semicírculo rodeado de altos penhascos de calcário.

A forma circular do local lembra o astro levante.

Ele batiza a nova cidade Akhetaton, – o horizonte de AtonDesse parênteses único da história do Egito, surgiu a questão de saber se Akenaton não foi, no fundo, o pai do monoteísmo, um século antes de Moisés. A tentação é sempre grande de aproximar a religião instaurada por este rei egípcio do monoteísmo hebreu.

Entretanto, uma dúvida permanece quanto à transmissão desta religião. A morte de Akenaton coloca imediatamente na sombra seus dezessete anos de reinado. A destruição de seus templos e de sua cidade fizeram desaparecer os indícios de sua passagem pelo trono do Egito. Os egípcios de então não suportavam esta intolerância religiosa que, desde sempre, lhes era estranha.

AKHENATON  morreu em 1362 AC após governar 5 anos.

Um decreto restituiu a Amon suas prerrogativas. NEFERTITE sua viúva continuou fiel à sua crença mas seus nomes e figuras foram sistematicamente apagados dos monumentos por obra dos sacerdotes (somente alguma coisa escapou).

Outra pergunta:  Moisés seria o continuador da religião amarniana (nascida na cidade de AMARNA, fundada por AKENATON? No século XX surgiu a tese de que na realidade Moisés, que tanto dominava a religião e os segredos  dos faraós, seria  nada menos do que o próprio Akenaton que se aproximou do povo hebreu  e fugiu com eles do Egito saindo da história dos egípcios e  entrando para os anais  do monoteísmo  e da religião judaico/cristã.

O famoso SIGMUND FREUD explorou essa ideia  num livro  MOISÉS E O MONOTEISMO, onde ele dizia que a história de Moisés é uma cópia de lenda anterior a 2.800 AC misturada com lenda egípcia de Horus . Ambas as histórias contam como ainda  bebês foram escondidos  em berços de junco para evitar seu assassínio. Freud mostrou inclusive que o nome MOISÉS era simplesmente uma derivação do nome egípcio comum MOS que queria dizer CRIANÇA.

Estudiosos da Bíblia JUDEUS vêm corroborando desde o século passado a tese de que se  MOISES não foi AKHENATON, ele no mínimo foi um príncipe egípcio que adotou a religião do DEUS ÚNICO e fugiu com o povo hebreu.

No AKHENATON poeta  encontramos poemas ao DEUS-SOL, cujo texto é idêntico ao do EVANGELHO  GNÓSTICO DE TOMÉ encontrado em NAG HAMMADI (norte do Egito) por volta de 1947. HERMÍNIO MIRANDA faz comparações dos poemas do faraó com os de FRANCISCO DE ASSIS dirigidos ao IRMÃO SOL, são textos idênticos. Esse autor faz essa referência no seu livro “ARQUIVOS PSIQUÍCOS DO EGITO”.

EGITO BERÇO DO MONOTEÍSMO