PG 23 da versão em PDF do site bvespirita.net/livros

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Somente na Filosofia Espírita a Razão aparece definida como capacidade de entender, de discernir, de escolher, de optar, de agir conscientemente e, portanto, de assumir responsabilidade — condição sine qua non de progresso espiritual.
Ensina “O Livro dos Espíritos” (Parte l. a Cap. IV) que o instinto é uma inteligência rudimentar que nunca se transvia e que é a razão que permite a escolha e dá ao homem o livre arbítrio. Ensina também (Perguntas/Respostas 122 a 127 e Nota) que “o livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram. As influências más que sobre ele se exercem são dos Espíritos imperfeitos, que procuram apoderar-se dele, dominá-lo, e que rejubilam com o fazê-lo sucumbir. Foi isso o que se intentou simbolizar na figura de Satanás. Tal influência acompanha-o na sua vida de Espirito, até que haja conseguido tanto império sobre si mesmo, que os maus desistem de obsidiá-lo. A sabedoria de Deus está na liberdade de escolher que ele deixa a cada um, porquanto, assim, cada um tem o mérito de suas obras”.
Essas noções de desenvolvimento progressivo do livre-arbítrio e da consciência são de fundamental importância para o entendimento dos processos da evolução, nos quais tudo se encadeia harmoniosamente, num crescendo infinito.

Em ‘’A GRANDE SÍNTESE’’ de Pietro Ubaldi ,a entidade por ele denominada “Sua Voz’’ ensina:
‘’Se é certo que a razão cobre um campo muito mais extenso que o limitado campo do instinto (e nisto o homem supera o animal, dominando zonas que este ignora), não é menos certo que, no seu campo, o instinto alcançou um grau de maturação mais avançado, expresso pela segurança dos seus atos, e um grau de perfeição ainda não atingido pela razão humana que, ao agir por tentativas, revela evidentes características de sua fase de formação. E, assim como o animal raciocina, porém rudimentarmente, no período da construção do seu instinto, a razão humana alcançará, quando a sua formação estiver completa, uma forma de instinto complexa, maravilhosa, que revelará a mais profunda sabedoria. No homem subsiste todo instinto animal, de que a razão não é mais do que continuação. Podeis agora compreender que instinto e razão mais não são do que duas fases de consciência.”

Absolutamente concordante é, a respeito, o ensino de André Luiz, em seu livro “No Mundo Maior” (Cap. 3, FEB, Rio): — “Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio. Não há favoritismo no Templo Universal do Eterno, e todas as forças da Criação aperfeiçoam-se no Infinito. A crisálida de consciência, que reside no cristal a rolar na corrente do rio, aí se acha em processo liberatório; as árvores que por vezes se aprumam centenas de anos, a suportar os golpes do Inverno e acalentadas pelas caricias da Primavera, estão conquistando a memória; a fêmea do tigre, lambendo os filhinhos recém-natos, aprende rudimentos do amor; o símio, guinchando, organiza a faculdade da palavra. Em verdade, Deus criou o mundo, mas nós nos conservamos ainda longe da obra completa. Os seres que habitam o Universo ressumbrarão suor por muito tempo, a aprimorá-lo. Assim também a individualidade.
Somos criação do Autor Divino, e devemos aperfeiçoar-nos integralmente. O Eterno Pai estabeleceu como lei universal que seja a perfeição obra de cooperativismo entre Ele e nós, os seus filhos. (…) Desde a ameba, na tépida água do mar, até o homem, vimos lutando, aprendendo e selecionando invariavelmente.
(…) Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares: no primeiro situamos a “residência de nossos impulsos automáticos”, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados; no segundo localizamos o “domicílio das conquistas atuais”, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no terceiro, temos a “casa das noções superiores”, indicando as eminências que nos cumpre atingir. Num deles moram o hábito e o automatismo; no outro residem o esforço e a vontade; e no último demoram o ideal e a meta superior a ser alcançada. Distribuímos, deste modo, nos três andares, o subconsciente, o consciente e o superconsciente. Como vemos, possuímos em nós mesmos o passado, o presente e o futuro.”
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Depois de haver passado por todas as transfigurações da matéria, por todas as fases de desenvolvimento para atingir um certo grau de inteligência, o Espírito chega ao ponto de preparação para o estado espiritual consciente, chega a esse momento que os vossos sábios, tão pouco sabedores dos mistérios da natureza, não logram definir, momento em que cessa o instinto e começa o pensamento.
(…) Tudo, repetimos, tem uma origem comum: tudo vem do infinitamente pequeno para o infinitamente grande, para Deus, ponto de partida e de reunião. Tudo provém de Deus e volta a Deus. Observai como tudo se encadeia na imensa Natureza que o Senhor vos faz descortinar. Observai como em todos os reinos há espécies intermediárias, que ligam entre si todas as espécies, uma participando do mineral e do vegetal, da pedra e da planta; outras do vegetal e do animal, da planta e do animal; outras, enfim, do animal e do homem. São elos preciosos que tudo ligam, que tudo mantêm e pelos quais atravessa o Espírito no estado de formação. Passando sucessivamente por todos os reinos e por aquelas espécies intermediárias, o Espírito, mediante um desenvolvimento gradual e contínuo, ascende da condição de essência espiritual originária à de Espírito formado, à vida consciente, livre e responsável, à condição de homem.
(…) Tempo longo, cuja duração sois incapazes de calcular, demanda a essência espiritual no estado de inteligência relativa, no estado de animal, para adquirir, nesse reino, o desenvolvimento que lhe permita passar ao estado intermediário, que lhe permita, em seguida, atravessar as espécies que participam do animal e do homem. Depois de haver passado por todas essas espécies intermédias, ela permanece ainda longo tempo, cuja duração não sois igualmente capazes de calcular, na fase preparatória da sua entrada na humanidade, fase esta da qual, pela vontade do Senhor e mediante uma transformação completa, sai o Espírito formado, com inteligência independente, livre e responsável.
(…) Tudo, tudo, na grande unidade da Criação, nasce, existe, vive, funciona, morre e renasce para harmonia do Universo, sob a ação espírita universal que, à sua vez, se exerce, pela vontade de Deus e segundo as leis naturais e imutáveis que ele estabeleceu desde toda eternidade, mediante as aplicações e apropriações dessas leis. (…) Sim, vós, nós, todos, todos, exceto aquele que foi e será desde e por toda a eternidade, todos fomos, na nossa origem, essência espiritual, princípio de inteligência, Espírito em estado de formação; todos hemos (temos) passado por essas metamorfoses, por essas transfigurações e transformações da matéria, para chegarmos à condição de Espírito formado, de inteligência independente, capaz de raciocínio, com a consciência da sua vontade, das suas faculdades e de seus atos, por efeito do livre-arbítrio; à condição de criatura independente, livre e responsável.

Reconhecemos aqui a necessidade da prestação de alguns esclarecimentos que clarifiquem o texto transcrito. Existem na Espiritualidade grandes instituições, extremamente especializadas, em verdadeiras cidades espirituais, para onde são encaminhadas as mônadas, ou princípios espirituais, que, tendo atingido o máximo grau evolutivo suscetível de ser obtido nos reinos inferiores da Natureza, fazem jus ao ingresso no reino das inteligências conscientes. (O GRIFO É DO BLOG) Trata-se de portentosas organizações, sem qualquer similar entre as organizações terrestres, exclusivamente dedicadas às operações de eclosão da luz da consciência, da auto-identidade, da razão, do livre-arbítrio. Nos seus indescritíveis complexos funcionam serviços de extrema delicadeza, semelhantes a Maternidades Espirituais, dotadas de Câmaras de Ativação, Câmaras de Reciclagem e de Adaptação e Câmaras de Desenvolvimento Psíquico, onde os Princípios Espirituais são submetidos a tratamentos eletromagnéticos que ultrapassam o estágio atual da compreensão dos homens encarnados.
Esses complicados tratamentos visam a fazer eclodir o Eu consciente nos seres fronteiriços já maduros para a conquista dos dons do raciocínio propriamente dito, ou seja, do pensamento contínuo. Essas operações, de inaudita responsabilidade, são levadas a efeito através de técnicas requintadíssimas, ainda inapreciáveis pelo homem comum, e das quais não podemos, por enquanto, dar pormenorizadas notícias. Operadores de altíssima qualificação agem, nessas organizações, como verdadeiros parteiros de consciências, sob a direta supervisão de Grandes Gênios do Mundo Maior, que os assistem em nome do Pai Criador.
Ganhando a consciência progressiva de si mesmos, essas verdadeiras crianças espirituais são tratadas como tais, naqueles grandes educandários, que são desde creches e lares, até jardins de infância, escolas e parques de instrução e recreio.
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Atingimos agora o limiar de uma série de grandes questões, a saber: o bom ou mau uso, pelo Espírito, do seu livre-arbítrio; a progressão evolutiva retilínea; a “queda” espiritual e suas consequências.
Para empreendermos com êxito o exame desses assuntos, impõe-se-nos ter presentes dois princípios fundamentais da Eterna Lei, a saber: o princípio do determinismo divino e o princípio da livre determinação individual. O princípio do determinismo divino é absoluto e impõe como fatal, necessária e irreversível a evolução universal, na direção da suprema felicidade, que é o supremo bem, o supremo saber e o supremo poder, no infinito dos espaços e das eternidades.
Como princípio, é unitário, imanente (ligado), indivisível e eterno. O principio da livre determinação individual é desdobramento, conseqüência e complemento do primeiro, ao qual diretamente se vincula, e outorga a cada criatura o direito inalienável de atender à suprema vontade do Criador quando e como quiser. Compreende, portanto, tríplice liberdade de tempo, de modo e de vontade. É intuitivo e lógico que essa tríplice liberdade se amplia à medida que o Espírito evolui e ganha, com a evolução, mais amplo discernimento. Existe, porém, e se manifesta, desde que o Princípio Espiritual começa a existir, crescendo com ele. No Espírito iluminado pela consciência de si mesmo, esse tríplice poder se instaura definitivamente e passa a ser exercido com desenvoltura cada vez maior.
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É exatamente isso o que também ensina “O Livro dos Espíritos”, como se vê pela pergunta 115 e respectiva resposta:
— “Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus? —
— Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns, aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros, só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade,
a) Segundo o que acabais de dizer, os Espíritos, em sua origem, seriam como as crianças, ignorantes e inexperientes, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos de que carecem com o percorrerem as diferentes fases da vida?
R. — Sim, a comparação é boa. A criança rebelde se conserva ignorante e imperfeita. Seu aproveitamento depende da sua maior ou menor docilidade. Mas a vida do homem tem termo, ao passo que a dos Espíritos se prolonga ao infinito.”
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Para assinalar a perfeita coerência dos ensinos dos Espíritos Superiores, fazemos nova interrupção, para transcrever aqui pequenos trechos pertinentes, de “O Livro dos Espíritos” (() Nota do autor espiritual ‘’ Este nosso trabalho tem pretensões muito modestas. Jamais nos animou qualquer idéia de produzirmos obra parecida com um tratado ou mesmo um livro de teses ou um repositório de pensamentos pessoais. Tudo o que desejamos é ajudar aqueles que, desejosos de maiores facilidades para estudar e entender as leis e os fatos da vida, poderão encontrar auxilio e alento em nossos humildes apontamentos ‘’) Livro dos Espíritos:
P. 189. “Desde o início de sua formação, goza o Espírito da plenitude de suas faculdades?”
— R. — Não, pois que para o Espírito, como para o homem, também há infância. Em sua origem, a vida do Espírito é apenas instintiva. Ele mal tem consciência de si mesmo e de seus atos. A inteligência só pouco a pouco se desenvolve.”
— Comentário de Kardec: “A vida do Espírito, em seu conjunto, apresenta as mesmas fases que observamos na vida corporal. Ele passa gradualmente do estado de embrião ao de infância, para chegar, percorrendo sucessivos períodos, ao de adulto, que é o da perfeição, com a diferença de que para o Espirito não há declínio, nem decrepitude, como na vida corporal; que a sua vida, que teve começo, não terá fim; que imenso tempo lhe é necessário, do nosso ponto de vista, para passar da infância espírita ao completo desenvolvimento; e que o seu progresso se realiza, não num único mundo, mas vivendo ele em mundos diversos.”
(…) P. 56. É a mesma a constituição física dos diferentes globos? —
R. — Não; de modo algum se assemelham. P. 57. Não sendouma só para todos a constituição física dos mundos, seguir-se-á tenham organizações diferentes os seres que o habitam?
— R. — Sem dúvida, do mesmo modo que no vosso os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar.
P. 85. Qual dos dois, o mundo espírita ou o mundo corpóreo, é o principal, na ordem das coisas?
— R. — O mundo espírita, que preexiste e sobrevive a tudo. P. 86. O mundo corporal poderia deixar de existir, ou nunca ter existido, sem que isso alterasse a essência do mundo espírita?
R. — Decerto. Eles são independentes; contudo, é incessante a correlação entre ambos, porquanto um sobre o outro incessantemente reagem. P. 132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
R. — Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”
Como se vê, os Espíritos disseram a Kardec que é no sofrer as vicissitudes da existência corporal que está a expiação
(…) Poderão alguns alegar que haveria uma contraposição a tal idéia na pergunta seguinte, de nº 133, de “O Livro dos Espíritos”. Diremos que na pergunta, sim, mas não na resposta que a ela deram os Espíritos. Vejamos:
“P. 133. Têm necessidade de encarnação os Espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem?” —
R. — Todos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer felizes a uns, sem fadigas e trabalhos, conse-guintemente sem mérito.”
Os Espíritos evitaram, em sua resposta, um sim ou um não categóricos, e se limitaram a ressaltar a necessidade da justiça divina, porque uma resposta mais completa era inadequada na ocasião, por exigir longas considerações quanto à natureza do mundo espiritual. Agora, porém, existem condições suficientes de entendimento, da parte dos homens encarnados, para a compreensão de que o corpo perispiritual é também um corpo material, apenas menos denso que o carnal, e que nada existe no mundo chamado material que também não exista — e exista previamente — no plano menos denso. Assim, não há, tecnicamente, qualquer necessidade fundamental da encarnação carnal para o progresso do Espírito, exceto quando tal encarnação em corpo material mais denso seja conseqüência de “queda” espiritual, provocadora de aumento de peso específico da organização mento-perispirítica. Nota do autor espiritual ‘’Usamos dizer “encarnação carnal” para bem situar a corporificação do Espírito em corpo de carne, pois há também o que poderíamos chamar de “encarnações fluídicas”, que consistem no revestimento, pelo perispírito, de fluidos de certa densidade, para atender a necessidades de vida em determinadas regiões intermediárias entre o que denominamos “plano espiritual” e a crosta terráquea, ou em outras organizações planetárias (fora da Terra.)
Os Espíritos exilados de Capela, que foram transferidos para a Terra, aqui chegaram como verdadeiros “anjos decaídos” e passaram, por expiação, a habitar corpos carnais muito inferiores e de muito maior densidade do que aqueles que usavam no seu orbe de origem. Justificando o “fato de se verificar a reencarnação de Espíritos tão avançados em conhecimentos, em corpos de raças primigênias”, EMMANUEL pondera, em seu livro “A Caminho da Luz”, que tal fato “não deve causar repugnância ao entendimento” e lembra que um metal puro, como o ouro, por exemplo, não se modifica pela circunstância de se apresentar em vaso imundo, ou disforme. Toda oportunidade de realização do bem é sagrada. Quanto ao mais, que fazer com o trabalhador desatento que estraçalha no mal todos os instrumentos perfeitos que lhe são confiados? Seu direito, aos aparelhos mais preciosos, sofrerá solução de ‘continuidade. A educação generosa e justa ordenará a localização de seus esforços em maquinaria imperfeita, até que saiba valorizar as preciosidades em mão. A todo tempo, a máquina deve estar de acordo com as disposições do operário, para que o dever cumprido seja caminho aberto a direitos novos. Entre as raças negra e amarela, bem como entre os grandes agrupamentos primitivos da Lemúria, da Atlântida e de outras regiões que ficaram imprecisas no acervo de conhecimentos dos povos, os exilados da Capela trabalharam proficuamente, adquirindo a provisão de amor para suas consciências ressequidas. Como vemos, não houve retrocesso, mas providência justa de administração, segundo os méritos de cada qual, no terreno do trabalho e do sofrimento para a redenção.”

CONSCIÊNCIA E RESPONSABILIDADE