Fonte: WIKIPEDIA

TEREZA D’ÁVILA

‘’TEREZA D’ÁVILA dʼÁvila , conhecida como Santa Teresa de Jesus (nasceu em Gotarrendura28 de março de 1515 – falaceu em Alba de Tormes, 4 de outubro de 1582), nascida Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada, foi uma freira carmelita, mística e santa católica do século XVI, importante por suas obras sobre a vida contemplativa e espiritual e por sua atuação durante a Contrarreforma. Foi também uma das reformadoras da Ordem Carmelita e é considerada cofundadora da Ordem dos Carmelitas Descalços, juntamente com São João da Cruz.

Em 1622, quarenta anos depois de sua morte, foi canonizada pelo papa Gregório XV. Em 27 de setembro de 1970, Paulo VI proclamou-a uma Doutora da Igreja e reconheceu seu título de Mater Spiritualium (Mãe da Espiritualidade), em razão da contribuição que a santa proporcionou à espiritualidade católica.[6] Seus livros, inclusive uma autobiografia (“A Vida de Teresa de Jesus”) e sua obra-prima, “O Castelo Interior” (em castelhano: El Castillo Interior), são parte integral da literatura renascentista espanhola e do corpus do misticismo cristão. Suas práticas meditativas estão detalhadas em outra obra importante, o “Caminho da Perfeição” (Camino de Perfección).

Depois de sua morte, o culto a Santa Teresa se espalhou pela Espanha durante a década de 1620 principalmente durante o debate nacional pela escolha de um padroeiro, juntamente com Santiago Matamoros.

(resumo)

Terceira filha do segundo casamento de seu pai. Possuiu uma educação esmerada e gostava, quando criança, de ler histórias de santos, chegando a fugir de casa com seu irmão para dar a vida por Cristo, tentando evangelizar os mouros.

Sua mãe faleceu quando Tereza tinha 14 anos. Então, seu pai a levou para estudar no Convento das Agostinianas de Ávila. Quando leu as ‘Cartas’ de São Jerônimo, disse  a seu pai que iria se tornar religiosa. Seu pai não queria, mas com 20 anos ela ‘fugiu’ para o Convento Carmelita de Encarnacíon, em Ávila.

Após um ano de noviciado, ela adoeceu gravemente, enfermidade que a acompanhou pelo resto de sua vida. Portadora de faculdade mediúnica, ela atingia êxtases, que não sabia explicar.

Era o século XVI e as questões mediúnicas eram atribuídas ao demônio, o que não era aceito por Teresa porque o que via e ouvia lhe trazia paz. Não podia, portanto, ser obra do demônio. Nos seus momentos de oração, entra em contato com os Espíritos de São Pedro de Alcântara, frade espanhol que havia sido seu mentor, Francisco de Assis, Antônio de Pádua, entre outros.

Realizou uma grande reforma na Ordem das Carmelitas Descalças. Fundou vários conventos, (32 mosteiros, 17 femininos e 15 masculinos), com uma rígida forma de vida, trabalho e silêncio. Considerada muito inteligente, deixou várias obras escritas, como o Livro da Vida, o Caminho da Perfeição, Moradas e Fundações entre outros.  Tinha o dom de predizer o futuro e de ler as consciências das pessoas.

A conhecida filósofa e com’’lives’’ no YOUTUBE,   Lúcia Helena Galvão, em palestra cujo título é ‘’A Mística em Santa Teresa d’Ávila’’ ensina que ela é considerada  a mais mística das personagens da Cristandade.  Dentro do Cristianismo é uma referência especial. Sua vida e suas elucubrações  geradas no silêncio dos conventos são um convite para que o leitor entre em seu castelo interior e se deslumbre com os ensinamentos e aprenda a acessar Deus. Alguns veem em suas obras certa influência do gnosticismo.

Teresa ensinou que a vida não é somente sobrevivência física onde se procura simplesmente viver com conforto e prazer, ou seja, gozar a vida. É que existe uma causa maior pela qual vale a pena viver, que é agregar valor ao mundo e a nós mesmos e fazer com que saiamos da vida melhores do que entramos. A vida é servir a algo maior, que lhe dá total sentido porque leva todos os seres em direção à Unidade Universal. E quanto mais a Humanidade tem vida interior mais saberá dar resposta adequada à vida exterior .

Teresa D’ávila foi a primeira mulher a ser declarada doutora da Igreja, com escritos que possuem uma forte doutrina e ajudam no desenvolvimento da espiritualidade.  Doente, morreu no dia 04 de outubro de 1582, aos sessenta e sete anos, no convento de Alba de Torres, Espanha.

Tereza era devota de Santa Madalena. Num de seus textos ela escreveu:

’2. Eu era muito devota da gloriosa Madalena e muitas vezes pensava em sua conversão, em especial quando comungava, certa de que o Senhor estava dentro de mim, pondo-me a Seus pés, por ter a impressão de que as minhas lágrimas não seriam desdenhadas; e eu não sabia o que dizia (pois muito fazia quem permitia que eu as  derramasse, já que eu logo esquecia aquele sentimento), encomendando-me a essa gloriosa Santa para que ela me alcançasse o perdão.”

TEREZA D’ÁVILA/ESPÍRITO é autora do livro ‘’PERDOO-TE : MEMÓRIAS DE UM ESPÍRITO’’, história de muitas existências. Foi uma obra editada em 1904. O interessante é que essa obra foi primeiramente ditada pelo médium Eudaldo Pagés, incorporado pelo espírito de Tereza, enquanto outra pessoa – Amália Domingo y Soler – anotava o ditado. Todos estavam no Centro Espírita “La Buena Nueva’’ na vila de Gracia – Espanha.’’

MADRE TEREZA DE CALCUTÁ

Trata-se de personagem do século XX, nossa contemporânea, cujas atividades no campo do amor foi objeto da admiração de toda a Humanidade. Por essa razão, nada mais justo façamos um rápido retrospecto da passagem desse espírito pela matéria, devotando-se, desta feita, não mais ao aperfeiçoamento intelectual do ser, como o fez na personalidade de Tereza D’ávila, mas entregando-se de corpo e alma com devotamento e abnegação aos à população sofrida, faminta e enferma de Calcutá.

As redes sociais estão repletas de dados sobre ela .Seu nome Agnes Conxha Bojaxhiu nasceu na Macedônia em 26 de agosto de 1910 e desencarnou em 05/09/1997.  O dia 10 de setembro de 1946 marcou sua vida. Ela assim narrou o que aconteceu: “Eu ia de trem de Calcutá a Darjeeling, para fazer meu retiro. Nunca é fácil dormir nos trens, mas tentar fazê-lo num trem da Índia é impossível. Tudo range, há um penetrante odor de sujeira devido ao amontoado de homens e animais, todo um detrito de humanidade, de cestos e de galinhas cacarejando… naquele trem, aos meus trinta e seis anos.  Compreendi que Deus desejava isso de mim…”.

Ela pensava  nos miseráveis de Calcutá que todas as noites morriam pelas ruas e que na manhã seguinte eram recolhidos pelos carros da limpeza pública como se fossem lixo. Não conseguia se acostumar com as cenas terríveis de pessoas esqueléticas morrendo de fome e passou aquela noite no trem meditando sobre isso. Sua conclusão foi bem concreta: “o que eu posso fazer por estes miseráveis?” 

Foi com todas estas perguntas que a angustiavam que a irmã Teresa foi falar com o arcebispo de Calcutá,  ‘’Não seria o caso dela deixar tudo para ajudar aquele povo da rua?’’ A resposta do arcebispo foi um “não” categórico. Mais tarde, a irmã escreveu sobre isso: “não podia ser outra a sua resposta. Um bispo não pode autorizar a primeira freira que lhe aparece com projetos estranhos de ajudar o povo da rua com o argumento que essa parece ser a vontade de Deus”. 

Depois de um ano, ela decidiu voltar a falar com o bispo, mas dessa vez preparou bem sua argumentação, dando ênfase em que aceitaria a resposta qualquer que ela fosse. O arcebispo ficou impressionado com o fervor, a persistência e a simplicidade daquela irmã tão pequena e frágil. O arcebispo pensou bem no que responder e decidiu aceitar o pedido, desde que a madre superiora da Congregação também aceitasse.

Irmã Teresa escreveu logo uma carta para a superiora. A superiora viu no pedido a mão de Deus e autorizou. Em sua carta de resposta, concluiu: “Se essa é a vontade de Deus, autorizo-te de todo coração.  ” 

Ela chegou a CALCUTÁ em 1929. Ela foi primeiramente fazer um curso de enfermagem, que julgava indispensável para o trabalho que iria iniciar. Ao mesmo tempo, requereu a nacionalidade indiana, que obteve em dezembro de 1948. Tendo saído da Congregação, tinha de escolher um novo hábito. Numa loja simples, encontrou um sari, roupa típica das mulheres indianas, bem simples, de tecido grosseiro branco com as bordas azuis. Colocou sobre ele um crucifixo. Era um traje de mulher simples indiana e com o símbolo cristão. Ela saiu pelas ruas, formou grupos de crianças a quem ensinava o alfabeto, noções de higiene e de moral.   Visitava os enfermos nas ruas, levando palavras de consolo, limpando-os, mas não tinha nada para lhes dar. Logo ela ficou conhecida e quando passava, os miseráveis gritavam, “Madre Teresa, Madre Teresa!” Eles já se contentavam só com o amor que percebiam nela.

Mas aquele início foi muito duro. Ela não tinha nada, nem dinheiro, nem remédios, nada para aqueles famintos e doentes, mas precisava urgentemente de alguma casa onde pudesse abrigar os mais necessitados.   Um dia ela decidiu se dedicar só ao mais urgente: achar alguma casa, algum prédio onde pudesse abrigar os mais doentes que jaziam pelas ruas. Passou o dia inteiro caminhando por Calcutá, sem achar nada. No final do dia, estava exausta e desanimada. 

Ela estava nessa aflição, sem recursos, sem casa, rodando pelas ruas de Calcutá, quando encontrou um padre que fazia uma coleta para um jornal católico. Ela só tinha uma rúpia (moeda de pouco valor da Índia) e entregou ao padre. Continuou andando e confortando os doentes nas ruas, quando horas depois, se encontrou com o mesmo padre. Este lhe disse que um senhor acabara de lhe dar um envelope com 50 rúpias para ajudar os pobres. O padre lhe ofereceu o envelope. Ela viu nisso um primeiro sinal de que Deus não a abandonaria.

O maior sinal de Deus, porém, veio de onde ela menos esperava. Um dia, uma de suas antigas alunas, uma moça muito bonita, inteligente e bem preparada, de família muito rica, procurou a madre para lhe dizer que queria também deixar tudo para servir os mais pobres. A madre achou melhor testá-la e lhe disse que isso era algo muito difícil, que exigia uma vocação especial para aguentar a vida dura das ruas.  A jovem foi, pensou, rezou e veio dizer à Madre que tinha certeza que era isso que Deus pedia a ela. Logo depois apareceu outra ex-aluna, depois outra e mais algumas. Sem nenhuma propaganda, todas queriam seguir o exemplo daquela Madre que elas amavam tanto. O notável é que elas eram das castas superiores da Índia, não só eram de famílias ricas, mas pelo rígido sistema de castas, elas eram consideradas superiores ao povo e não deviam se misturar com os demais, e muito menos com os miseráveis. A Madre assim explicou o que estava acontecendo:   Quando uma filha das velhas castas se coloca a serviço dos párias (a casta mais baixa, considerada a dos intocáveis) trata-se de uma revolução. A maior de todas. A mais difícil: a revolução do amor!”

Cada irmã vive em extrema pobreza, tal como os miseráveis que elas ajudam. Cada uma tem como roupa apenas dois saris brancos de algodão bem simples e barato, um jogo de roupa interior, um prato de metal esmaltado, um par de sandálias, um pedaço de sabão, um travesseiro, um colchonete bem fino, dois lençóis e um balde. Ao menor sinal, as irmãs precisam estar preparadas para partir para qualquer lugar. A Madre escreveu as regras e constituições da nova Congregação que nascia. 

A Madre logo abriu um lar infantil para crianças abandonadas e o famoso “Lar para Moribundos”, no qual ela passava a maior parte de seu tempo, preparando os doentes para morrer e ministrando-lhes os cuidados médicos básicos que fossem possíveis. Ao ouvir falar dessa obra incrível, muita gente queria visitá-la, as doações começaram a chegar de toda a Índia e mais tarde, com as notícias da imprensa se espalhando, elas vinham de todo o mundo. As vocações também chegavam em grande número. Parecia que o exemplo daquela pequenina e aparentemente frágil freira, era irresistível. Novas casas começaram a ser abertas em outras grandes cidades da Índia onde abundavam os muito pobres.

Mas nem tudo eram flores. O primeiro lar para moribundos ficava bem ao lado de um templo hinduísta da deusa Kali, e anexo havia uma hospedagem para os peregrinos que vinham de longe visitar esse templo A cada dia, ela escolhia os que estavam em pior estado para cuidar pessoalmente. Os monges do templo pagão ficaram furiosos que uma freira católica tivesse a ousadia de se instalar a seu lado e – afronta ainda maior – para tratar de miseráveis intocáveis, de quem eles nem chegavam perto. Vendo que não havia outra saída, os monges pagãos resolveram matar aquela freira que profanava as redondezas de seu santuário levando para lá todo aquele lixo humano. A madre logo ficou sabendo do que eles planejavam e um dia foi falar com o chefe dos monges. E lhe disse: “Se vocês querem me matar, matem-me agora mesmo, mas não façam mal aos meus pobres moribundos”. O chefe dos monges fixou seu olhar naquela freirinha e ficou impressionado. Ele depois disse aos seus subordinados: “Observei com todo cuidado aquela mulher e a minha impressão foi a de que ao olhar para ela vi a própria deusa em ação. Não façam, portanto nenhum mal a essa mulher”. Pouco a pouco, os monges começaram a se tornar seus amigos. Um dia, um deles contraiu tuberculose. Na Índia, os tuberculosos são abandonados por medo de contágio. O monge doente veio pedir refúgio à Madre Teresa, que o recebeu com amor. Ele blasfemava com frequência contra Deus por causa da doença. As irmãs foram pouco a pouco mudando sua atitude. No final estava sereno e conformado. Os outros monges vinham visitá-lo e se admiravam da mudança conseguida pelas freiras. Ele morreu em paz e este fato fez com que os monges e seu público ficassem amigos da Madre Teresa e de suas freiras.

Seu trabalho, sua personalidade e capacidade em conseguir tudo através do amor e do despojamento, ganharam fama mundial e, em 1960, o Papa Paulo VI lhe concedeu um passaporte diplomático do Vaticano para que ela fosse mediadora em questões humanitárias mundo afora. A Madre passou a viajar pelo mundo abrindo novas casas e ensinando suas discípulas.

 O Papa João Paulo II a encorajou pessoalmente a ser uma espécie de “embaixadora” da Igreja perante o mundo, aceitando os convites que chegavam de todas partes. Até a ONU a convidou a falar. O secretário geral da ONU na época, declarou ao apresentá-la aos delegados: “Essa é a mulher mais poderosa do mundo”.

A madre recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979 e numerosos outros prêmios. Dezenas de universidades lhe concederam o título de doutora Honoris Causa, inclusive de algumas das mais prestigiosas do mundo. Recebeu incontáveis medalhas, até da extinta União Soviética, que se considerava atéia. Personalidades a nível mundial iam visitá-la na Índia, como a princesa Diana da Grã Bretanha, que depois confessou ter sentido inveja das freiras da Madre, que haviam deixado tudo para servir os pobres.

Em 1990, ela pediu ao Papa João Paulo II para ser substituída na direção da Congregação, pois as irmãs a haviam reeleito apesar de seus protestos. Ela já sentia que sua saúde fraquejava. O Papa, porém, a confirmou no cargo. 

 Seu coração dava mostras de estar cansado. Em 1989 já havia tido um enfarto e foi implantado um marca-passo. Em 1997, ao chegar de uma viagem aos EUA, ela se sentiu mal. Era o dia 5 de setembro. Às 21h30 a incansável madre Teresa morreu em grande paz, na casa sede da Congregação em Calcutá.  Naquele momento, a Congregação já contava com cerca de 4.000 irmãs espalhadas em 600 fundações situadas em 123 países, sempre cuidando dos mais pobres e dos mais abandonados.

A Índia, que não é um país cristão, declarou luto oficial e seu enterro foi declarado funeral de Estado (só concedido a chefes e ex-chefes de Estado). O povo da Índia chorou sua morte, pois era muito querida por todos, cristãos e pagãos. A fila para ver seu corpo tinha quilômetros por dias a fio; nela estavam misturados ricos burgueses e suas famílias, pessoas de classe média e uma imensa multidão de pobres e miseráveis. 

REENCARNAÇÕES DE MARIA MADALENA