Após a morte de Jesus, com o passar dos primeiros anos, novos ensinamentos aparecem substiuindo as orientações antes provenientes da Espiritualidade nas chamadas “profecias” ou pneumatismo ( pneuma = espirito em grego). Os médiuns aos poucos perdem prestígio em favor de “padres”, alguns dos quais eram judeus convertidos, que não tinham medunidade e nem sabiam dialogar com espíritos.
Conceitos novos começam a surgir e conformidade com os interesses da nova estrutura da igreja, e novos concílios passaram a introduzir conceitos que Jesus não semeara. Os conceitos de amor, paz, caridade e fé continuaram a existir mas representantes da igreja nas suas discussões em concílios preocuparam-se por introduzir nos cânones da igreja outras questões de caráter secundário, ressaltando sua importância.
Dois livros importantes apontam isso “cristianismo: a mensagem esquecida” de hermínio c. miranda e “revisão do cristianismo” de Herculano Pires seguramente dois dos maiores estudiosos da doutrina espírita no Brasil..
HERCULANO PIRES no livro “REVISÃO DO CRISTIANISMO” editado em 1977, critica o estágio resultante das transformações do Cristianismo Primitivo aduzindo: “ao invés de se buscar a santidade da alma, buscava-se a santidade das coisas: crucifixos, medalhas, escapulários, bentinhos, rosários, fitas, velas, véus, paramentos, cálices de ouro e assim por diante.”
Hermínio Miranda no livro “cristianismo: a MENSAGEM esquecida” aponta para um sem número de conceitos incorporados pelo catolicismo e principalmente para o esquecimento e desprezo por parte das igrejas cristãs em geral do que ele chama de “realidade espiritual”.
A grande mensagem esquecida do Cristianismo resulta da certeza (por ele desconsiderada), de que o homem, o ser humano, é essencialmente espírito que ocupa temporariamente um corpo físico, perecível e descartável, para o qual não há condições de vida póstuma ou após o desencarne.
Na história das crenças e religiões da humanidade a verdade filosófica reconhece que esse espírito é imperecível porque tem origem divina e que ele pré-existente à existência física de cada um dos corpos que são por ele ocupados, por imposição da lei do carma, em sucessivos renascimentos, para responder pelos erros, objetivando a evolução do espírito.