AQUI VAI MAIS UM TEXTO QUE REPRODUZ ARTIGO SOBRE O ASSUNTO ‘’ESPÍRITO DA VERDADE’’

ATENÇÃO    SUBLINHAMOS TRECHOS IMPORTANTES

Publicado na Revista Internacional de Espiritismo, jan./2000.

(Publicado no Boletim GEAE Número 414 de 3 de abril de 2001)

Enviado em 24/06/2015 | Escrito por Fernando A

TRECHOS

“O Espírito Santo é a falange dos Emissários da Previdência que superintende os grandes movimentos da Humanidade na Terra e no Plano Espiritual.”

(Francisco Cândido Xavier, Valdo Vieira: O Espírito da Verdade; p/ vários Espíritos; FEB,  

8ª Ed..

Pg. 386, nº 37: “Sob o nome de Consolador e de Espírito de Verdade, Jesus anunciou a vinda daquele que havia de ensinar todas as coisas e de lembrar o que ele dissera.(…) prevê não só que ficaria esquecido, como também que seria desvirtuado o que por ele fora dito, visto que o Espírito de
Verdade viria tudo lembrar e, de combinação com Elias, restabelecer todas a coisas, isto é, pô-las de acordo com o verdadeiro pensamento de seus ensinos.”

NOTA 1:  JESUS e seus discípulos sabiam que ELIAS  reencarnara na personalidade de JOÃO BATISTA. E claramente Jesus  visualizava o futuro  quando referiu-se ao’Elias que há de vir’’  .

pg. 387, n º 38 e 39;

“…indício seguro de que o Enviado ainda não aparecera. Qual deverá ser esse enviado? Dizendo: “Pedirei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador”, Jesus claramente indica que esse Consolador não seria ele, pois, do contrário dissera: “Voltarei a completar o que vos tenho ensinado.” Não só tal não disse, como acrescentou: Afim de que fique eternamente convosco e ele estará em vos.

Esta proposição não poderia referir-se a uma individualidade encarnada (…)
O Consolador
 é pois segundo o pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora, cujo inspirador há de ser o Espírito de Verdade.”

Com essas palavras, “Jesus claramente indica que esse Consolador não seria ele“, são palavras de Allan Kardec, são do codificador. pág. 387; n º 40: “O Espiritismo realiza, como ficou demonstrado (cap. I, n º 30), todas as condições do Consolador que Jesus prometeu. Não é uma doutrina individual, nem de concepção humana; ninguém pode dizer-se seu criador. É fruto do ensino coletivo dos Espíritos, ensino a que preside o Espírito de Verdade. Nada suprime do Evangelho: antes o completa e elucida.”(grifo nosso)

Em Prolegômenos (L.E. pág. 50): “Este livro é o repositório de seus ensinos(dos Espíritos). Foi escrito por ordem e mediante o ditado dos Espíritos superiores(…):mas todos os que tiverem em vista o grande princípio de Jesus se confundirão num só sentimento o do amor, do bem(…)” “São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade(o grifo é nosso), Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, etc., etc.” Seria o mesmo que dizer: “Sigam os princípios de Jesus! (assinado) Jesus.”

Das Obras Básicas participam, com comunicações, mais de cinquenta Espíritos com mais de cem mensagens. O Espírito de S. Luís colabora com dezesseis; o de Espírito Santo Agostinho, com onze ; o Espírito Protetor com oito e assim por diante; o Espírito de Verdade com oito mensagens, usando as denominações: Espírito da Verdade, Espírito-Verdade ou na grande maioria das vezes, Espírito de Verdade.

Apesar da incontestável beleza da mensagem, reconhecida por todos, a supressão desses segmentos, retira algumas afirmações , entre as quais a de que, Jesus nunca se disse nosso juiz, nem estabeleceu nenhuma justiça crística, reconhecendo uma única justiça divina. Caso Kardec estivesse convencido, o que duvido, que a mensagem era mesmo de Jesus, que autoridade teria para suprimir trechos e mudar ou esconder sua autoria?

Além disso, continuando a análise da mensagem, a conclamação: “Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensino; instrui-vos, eis o segundo”, demonstraria a natureza doméstica da mensagem, dirigida a um grupo de espíritas reunidos, ou em caso contrário conceder-nos-ia um privilégio, que nenhum Espírito de conscientização universal o faria, pois direcionaria a Terceira Revelação só para os espíritas. Porque, “(…) toda doutrina que tiver por efeito estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus, não pode deixar de ser falsa e perniciosa.”(L.E. parte 2 ª: cap. X; pág. 287, perg.842). Além do mais não faria o menor sentido, seria totalmente incoerente, a mesma representatividade, ora se assinar como Jesus e outras vezes como Espírito de Verdade, isto é, ser incógnito e declarado ao mesmo tempo.

Talvez tenha havido a interferência de algum problema mediúnico, ao fim da comunicação, como aconteceu nas duas mensagens ditas de Jesus e publicadas no L.M. (cap. XXXI: pg 474). Mais ainda, comparando em sequência a mensagem supracitada com a do L.M. (cap. XXXI; pág. 456: n º XV), por exemplo, fica difícil acreditar que se trate do mesmo Espírito. (…..)

Assim o Espírito Santo, embora figurando uma coletividade, bem pode se afirmar tratar-se de uma entidade individual, tal a identidade entre as grandezas espirituais que os Espíritos apresentam.

Completa ainda Herculano Pires: “O que o Espiritismo busca é a verdade cristã, cumprindo na Terra a promessa de Jesus, que através de Kardec, e seu guia Espiritual, o Espírito superior que deu a Kardec, quando este perguntou quem era, esta resposta simples: “Para você eu sou A Verdade.”(Herculano Pires; O Centro Espírita.). Distingue ele, pois, Jesus, Kardec e o seu Espírito protetor, o Espírito de Verdade.

Diz ainda Kardec (Obras Póstumas; pág. 276 ) “A proteção desse Espírito cuja elevação bem longe estava então de avaliar, nunca me faltou.” E ainda à pág. 275 Kardec pergunta: “Terás animado na Terra alguma personagem conhecida?”

R.- Já te disse que, para ti, sou a Verdade; isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais saberás a respeito” (o último grifo é nosso)

Nota-se aí a nítida intenção de Kardec e do Espírito superior em não revelar a identidade do Espírito.

Ora se Jesus, Kardec e seu protetor, o Espírito de Verdade, não tiveram este propósito, quem poderá fazê-lo? Enfim, dar identidade aos Espíritos, querendo suplantar lhes o desejo de permanecer incógnitos é mergulhar num processo de adivinhação, quase sempre fadado ao erro, desrespeitando-os. O mais valioso da Terceira Revelação não foi colocar em evidência o revelador, mas a REVELAÇÃO, que é de origem divina.; o importante não foi revelar o Espírito, mas a VERDADE, e o Espírito da Verdade está presente em toda a obra da Codificação.

JESUS E O ESPÍRITO DA VERDADE